Marcos 15:1-28
1 . Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos.
2 . Este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Ele lhe respondeu: Sim.
3 . Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas.
4 . Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!
5 . Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado.
6 . Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem.
7 . Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio.
8 . O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder.
9 . Pilatos respondeu-lhes: Quereis que vos solte o rei dos judeus?
10 . (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.)
11 . Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás.
12 . Pilatos falou-lhes outra vez: E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?
13 . Eles tornaram a gritar: Crucifica-o!
14 . Pilatos replicou: Mas que mal fez ele? Eles clamavam mais ainda: Crucifica-o!
15 . Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.
16 . Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte.
17 . Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça.
18 . E começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus!
19 . Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo.
20 . Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar.
21 . Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz.
22 . Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio.
23 . Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou.
24 . Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando a sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um.
25 . Era a hora terceira quando o crucificaram.
26 . A inscrição que motivava a sua condenação dizia: O rei dos judeus.
27 . Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda.
28 . [Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores (Is 53,12).]
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